Já é bem comum após as festas de fim de ano sermos sufocadas com mil e uma receitas detox, dietas restritivas e programas de emagrecimento rápido para “perder os kg que ganhamos em dezembro”. Mas que tal começarmos o ano diferente? O que acha que ressignificar a maneira como vemos nossa alimentação? Essa é a ideia da alimentação intuitiva, já ouviu falar?
O conceito aqui é básico: retomarmos a conexão com o nosso corpo, ouvindo os sinais de fome e saciedade e nos nutrirmos de forma mais integral, sem culpas, restrições ou compulsões! E não, isso não significa sair comendo tudo que vê pela frente, sem controle e sem consciência, hein?! Os princípios da alimentação intuitiva, criados pelas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch, tem revolucionado a maneira como as pessoas se relacionam com a comida ao propor várias ideias contrárias ao que estamos acostumadas ao lidar com dietas restritivas e rigorosas. Confira:
Isso mesmo, livre-se da ideia de que restringir grupos de alimentos, contar calorias, e até “passar fome” são o caminho para um emagrecimento saudável a longo prazo. Dietas cheias de proibições, restrições, com resultados a curto prazo são insustentáveis e vão te trazer mais frustração do que resultados. Então, hora de pensar diferente!
Já reparou que bebês esperam a fome para “pedir’ para mamar e param assim que se sentem saciados? O princípio é o mesmo: entender sua fome física, comendo apenas o suficiente para saciá-la, sem restringir porções (o que faz que a fome continue) ou exagerando no prato.
Essa parte pode ser bem difícil, especialmente se você já está há anos se proibindo de comer várias coisas e relacionando certos alimentos à sensação de culpa. Quanto mais nos restringimos de algo, maior a nossa vontade de comer aquilo. Restrição gera compulsão! Então, o que hora de mudar o pensamento para “eu posso comer tudo, mas escolho se quero comer, quando e em que quantidades vou fazer isso!”
Essa parte pode ser desafiadora também, por que dietas restritivas nos faz relacionar o que comemos a nosso próprio valor! Quando como tudo “certo”, fico satisfeita comigo mesma por isso e, quando “jaco”, me vejo diferente, de maneira depreciativa. Então, a ideia é tirar os rótulos de bom ou ruim, tanto em relação à comida quanto a você mesma quando as ingere.
Seu corpo sabe melhor do que ninguém qual a quantidade de comida suficiente para nutri-lo, então ouvir os sinais do organismo, parando de comer ou comendo um pouco mais, se necessário, é importante!
Muita gente deve estar se perguntando “mas o que isso tem a ver com alimentação?” Eu te respondo: muita coisa! Quantas vezes alguns de nós não se sentiu intimidado ou envergonhado por comer na frente de outras pessoas ou em algum evento social e não consegue ter prazer em se alimentar? Então, a alimentação intuitiva nos leva a olhar para as refeições como um momento de prazer, como deve ser.
Esse princípio tem muito a ver com a fome emocional. Já sabemos que comida não é remédio para tristeza, angústia ou estresse, então procurar outros meios para extravasar esses sentimentos pode fazer com a que a gente estabeleça uma relação mais saudável com a comida, ao invés de olhar para ela como recompensa por dias ruins ou conforto para nossas tristezas.
Respeitar o fato de que você pode não ter o mesmo biotipo que aquela modelo ou que seu organismo não funciona da mesma maneira que da blogueira fitness é o primeiro passo para não cair na frustração de parecer alguém que não é você! A partir do momento que aceitamos até onde nosso tipo físico e nossa genética podem chegar, nos beneficiamos disso, evitamos críticas ao nosso corpo e conseguimos nos sentir bem dentro da própria pele! E você, respeita o seu corpo como ele é?
O exercício físico, como já sabemos, é parte importantíssima para o bem estar e saúde! Portanto, mexa-se, mas não apenas pensando no quanto você pode emagrecer com aquela atividade, mas visando o seu bem estar e na maravilhosa liberação de endorfina que ele gera!
O nosso foco ao nos alimentarmos deve ser nossa saúde! Então, lembre-se de ser flexível com as suas escolhas alimentares – ninguém precisa de uma dieta perfeita para ser saudável. Você não engorda comendo apenas um doce e nem emagrece comendo somente uma salada. Equilíbrio é a chave, sempre!
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